quarta-feira, abril 26, 2006

Boa nova em actualização

A Mitra, gata que já ameacei várias vezes neste blog sempre com carinho, tem neste momento 5 filhotes recém-nascidos. Dois cinzentos malhados e três pretos, iguaizinhos à mãe. É caso para dizer que a Liberdade passou por aqui cá com uma força!

(a prima diz que ainda está a parir, pelo que vou mantendo este post actualizado)

Caso queiram um gatinho, por favor, usem o meu email. Por favor mesmo. Por favooooor queiram um gatinho, lindo lindo lindo...

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segunda-feira, abril 17, 2006

Este blog retoma a emissão dentro de momentos...

segunda-feira, abril 10, 2006

Devaneio seguido de dor de cabeça (ou vice-versa)

1ª sessão de Auto-disciplina para sentimentos contraditórios

Estavam presentes:
- a Calma;
- a Frustração;
- o Desejo;
- a Impotência;
- a Ansiedade;
- a Esperança;
- a Alegria;
- a Confiança;
- o Choro chegou atrasado e foi-lhe pedido para voltar noutra sessão, caso ainda sentisse necessidade.

Resumo da sessão:

A Ansiedade fez de conta que não viu a Alegria quase até ao final da sessão, até esta finalmente lhe reconhecer algum mérito por feitos passados, evitando que a Ansiedade atirasse com a cadeira para cima da Calma. O Desejo e a Esperança continuaram a insistir que não precisavam de ajuda e muito menos de sessões de grupo. De qualquer modo, o Desejo sublinhou que a Esperança obviamente precisava, mas a Esperança nem ligou. O grupo sentiu e apontou ao Desejo alguma imaturidade e insegurança naquela tentativa de afirmar-se junto da Esperança, excepto a Confiança que reconheceu que o Desejo não tinha nenhum problema, mas que já que se falava disso a Esperança também não. A Frustração esteve o tempo todo a embirrar com a Impotência e acusou-a de quase tudo o que era possível no tempo da sessão. Mas a Impotência estava mais preocupada em analisar a ambiguidade do seu papel social, uma vez que era sistematicamente confundida com a Impotência Sexual, o que não abonava de todo em seu favor. O Desejo olhou-a de cima a baixo nesse momento. A Alegria fartou-se de rir, como já é hábito, só parando, lá está, para reconhecer o papel da Ansiedade na sua vida. A Calma, que mal falou o tempo todo, tinha acabado de maldizer a Ansiedade, tentando por isso a Alegria restabelecer a ordem entre as duas, embora, como já foi dito, a Ansiedade a tivesse ignorado ostensivamente, talvez porque, como diz a Frustração, a Ansiedade tente disfarçar a sua obsessão com a Alegria.

No final, o Amor, terapeuta do grupo, disse que o primeiro passo estava dado, mas ainda faltavam umas quantas sessões até perceberem o que de facto significa Auto-Disciplina. A Confiança sorriu. A Alegria bufou. A Ansiedade disse que não aguentava mais daquilo. A Esperança achou que lhe estavam a quebrar a identidade. O Desejo ficou interessado na Impotência, por isso até achou bem. A Impotência perguntou se a sua homónima Sexual ia aparecer, mas o Amor disse que não havia esse risco de todo, por isso a Impotência sossegou. A Calma perguntou se na próxima sessão podia sentar-se longe da Ansiedade. A Frustração não se admirou muito com a continuação das sessões.

No final, o Amor recomendou que, até à próxima sessão, ouvissem Marisa Monte o máximo possível.

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Hoje é um desses

Há dias em que só um desejo é possível. E todas as forças, todas as orações, se unem em torno dele para que se torne real.

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domingo, abril 09, 2006

Post (aparentemente) sobre futebol

Foi-me dada a oportunidade de assistir duas semanas seguidas a dois jogos de futebol ao vivo no estádio. Um, a semana passada, em Guimarães, outro, ontem, em Alvalade. Ambos do Sporting, mas isso não interessa nada para a história. Se é que há uma história, porque nisto nunca se sabe, vai-se lá a ver se tenho concentração para tanto.

A semana passada, a coisa ferveu. Fazer parte da "equipa visitante" é barra pesada. Ah pois é. Mais barra pesada ainda é ficar ao pé de uma claque. Imagine-se, a cinco minutos do jogo começar, uma bancada repleta de famílias, com crianças e tudo, casais, betos (ou não fosse o sporting), em bom ambiente. Imagine-se, passado cinco minutos, os gajos a entrarem. É ver o pessoal a levantar-se, porque a juve não brinca e, para ver o jogo, até se pode estar sentado, mas para fazer claque é mesmo preciso estar de pé, em cima das cadeiras, portanto amiguinhos se querem ver é bom que se levantem também. Ora, para quem não sabe, o Sporting (o "meu" Sporting como dizia ontem um tipo na rádio), esteve quase o tempo todo empatado, para depois marcar quase já no fim. A tensão acumula-se quando não se vence. E a verdade é que, perante um cenário de empate, umas bestas à frente que, por sua vez, tinham outras bestas à frente, só que essas estavam fardadas e tinham cacetetes, e chamam-se polícia de intervenção, perante um cenário de empate, dizia, uma vergonha imensa por estar entre pessoas que gritavam "são um povo de merda" para os assistentes vizinhos, seguido de "cheira bem, cheira a Lisboa", a minha terra. A minha terra confundida com aquela gente. Mesmo assim, sem itálico, aquela gente. Perante um cenário de empate, era o que dizia bem sei, senti aquela urticária que me é tão comum quando sinto frustração. A frustração tem em mim um espelho à altura, contemplando à distância o mais alto dos sonhos e, de perto, a mais injusta das derrotas. Esta palavra sim em itálico, porque toda a gente sabe que a injustiça não é para aqui chamada, para a vida, mas principalmente para o futebol. E de vitórias morais está a 2ªdivisão cheia, toda a gente sabe. E, na minha frustração cega, dizia para mim mesma, "é que nunca mais saio de Lisboa para assistir a um jogo de futebol, onde é que isto já se viu, e muito menos eu, mas que faço eu aqui e ainda por cima o Sporting não vai ganhar e o passeio não é assim tão fixe, ainda temos umas quatro horas de viagem de regresso, e que merda agora ter de aturar estes gajos, filhos da... GOOOOOOOOOOOLO".

Golo, sim claro, golo. E, golo, para mim, é golo. E da frustração passa-se para a mais insana alegria, uma euforia exagerada que tem uma validade que pode ir de 5 minutos a 5 horas, dependendo do grau de frustração entretanto acumulado. Mas agora foi golo e, pessoal, toca de gritar e se for preciso dançamos e cantamos e beijamo-nos (passem o exagero).

Calma, calma. Porque entretanto a claque estava ainda mais entusiasmada e, se está por ali num estádio que nem sequer é deles, o melhor é mesmo arrancar as cadeiras da bancada para celebrar. A família Vicente achou por bem sair da bancada e aproximar-se da porta de saída, onde estavam de novo as boas famílias que fazem a massa associativa e apoiante do Sporting (o "meu" Sporting, já vos disse?). Foi ouvir o apito final para ver as boas famílias a correrem dali para fora, porque, caso não saibam, os visitantes ficam fechadinhos dentro do estádio para evitar desacatos. Mas, como toda a gente sabe, é preciso separar o trigo do joio e as boas famílias querem voltar em paz para as suas casas o mais rapidamente possível. E a família Vicente não é excepção e lá conseguiu acelerar antes de fecharem as portas e, ainda bem, porque no outro dia o jornal lá referia que a Juve Leo tinha sofrido uma carga policial e, eles polícias e vândalos que se entendam à porrada, joio que são. Mas nós é que não, não temos nada a ver com isso.

Xiça, mas lá compensou ir a Guimarães ver o futebol, mesmo sendo a coisa mais insana para se fazer a um sábado. Talvez não a mais insana, mas das outras não quero falar neste post.

Bom, ontem, a casa era nossa, assim em itálico porque toda a gente sabe que isto de nosso não tem nada, no máximo fale-se em "meu" Sporting. Ali provavelmente se discutiria o campeonato e vai-se a ver o Sporting até podia ganhar. Não ganhou. Perdeu. Mas a justiça do resultado não é para aqui chamada, porque, mais uma vez, isto de justo não tem nada, a vida, mas principalmente o futebol. E a arrogância paga-se. Lá se entoou a canção do "povo de merda" que mais uma vez me encheu de vergonha. E, como o texto já vai longo, diria apenas que a massa humana é das coisas mais estúpidas que há, mas que isso também não interessa nada e, como dizia o outro, a estupidez humana e o universo não têm limites, mas acerca do universo ainda tenho as minhas dúvidas. O outro era o Albert Einstein, para não parecer muito snob, e que, segundo sei, não seria grande fã de futebol. Não ganhou, perdeu, dizia. E que merda tão grande é, perder, principalmente em casa, porque assim nem há passeio, nem há nada, é só chegar ali, entusiasmarmo-nos, sofrer, gritar, olhar para os outros sentindo-os estrangeiros e pensar é só futebol, mas por que é que há bocado estava tão feliz mesmo sendo só futebol e agora é só futebol e a frustração não faz sentido, nada faz sentido, é só uma bola... a velha história. E porquê valorizar o que nos faz felizes e desvalorizar o que nos faz infelizes, se é afinal a mesma coisa, não deveria ter o mesmo valor, independentemente do resultado?

É que eu não tenho estojo para isto, não me ensinaram a perder. E provavelmente nem sequer a ganhar. Mas, se calhar, fizeram-me apaixonada, vá-se lá a ver. Para o ano parece que há mais.

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sexta-feira, abril 07, 2006

Dias subversivos (ou por que tenho de mudar de vida)

Quando sou apanhada a tentar fazer o bem* no meu trabalho, tenho de dizer em voz alta para mim mesma e para a sala:

Ok, ok! Sou só copy, não posso mudar o mundo!



* O bem resume-se a tentar colocar uma mensagem menos agressiva, mais harmoniosa com valores elevados, menos capitalista, mais progressista. É muito raro acontecer, uma vez que a maior parte do mercado não o permite. E quando acontece, apanham-me logo, xiça!

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quarta-feira, abril 05, 2006

Visita nº??????? - A desejada

Hoje pela terceira ou quarta vez tentei ir ver uma casa que, supostamente, está já agendada há semanas. Mais uma vez, a visita foi cancelada.

Está a formar-se em torno desta visita uma tal aura de dificuldade que, conhecendo-me, estou quase de crer que é mesmo esta que vou querer. Se há alguma ordem universal, e puxando o pézinho para o místico, esta tão difícil casa é bem capaz de ser a minha.

Saber nadar ajuda

Não é por perderes o pé que necessariamente te afogas.

segunda-feira, abril 03, 2006

Ainda a propósito de limitação

Podemos achar que as palavras são/estão a mais ou a menos, mas a verdade é que nunca me canso de uma boa canção.
E quando penso que não há nada mais a acrescentar, que a canção perfeita já foi escrita, aparece outra e outra a seguir que reúne toda a verdade que há a dizer. E depois não, vem outra... e outra e outra ainda.

A única coisa que há a fazer, então, é cantar.

Por que amo a língua portuguesa VII

Porque é limitada.

"Procuro explicar o meu sentimento e só consigo encontrar palavras que não existem no dicionário".

domingo, abril 02, 2006

Balança

Tarde de domingo, no Parque da Paz em Almada no aniversário de um dos putos mais lindos que conheço e, antes de vir trabalhar, liguei ao DC para saber a que horas me queria por aqui no estaminé.

Eu - Então, tudo bem?
Ele (com voz grave) - Não, nem por isso.
Eu (assustada) - Então, o que se passa?
Ele - Ó pá, isto não está a correr muito bem.
Eu (aliviada) - Ai que susto! Pensei que tivesse acontecido alguma coisa. Afinal, é trabalho.
Ele (a rir-se surpreendido) - Sim, é só trabalho.


Ele nem imagina as coisas terríveis que me passaram pela cabeça para ele estar com aquela voz. Aí teria mesmo percebido que é mesmo trabalho. É por isso que não me rala nada estar aqui a trabalhar num domingo, porque há coisas muito mais terríveis com que me posso ralar.

(e bem que gostava de ter ficado a apanhar sol e a ver pequenos e graúdos a correrem de um lado para o outro, enquanto tirava umas fotos e fumava uns cigarros)