Nuances de uma educação de esquerda
Anda uma pessoa anos a tentar escapar ao rótulo de intelectual, para dar consigo a um sábado de manhã a jogar xadrez com uma criança de seis anos, que, ainda por cima, diz que não gosta do xeque-mate. Entenda-se: não gosta, como princípio, de matar o Rei. O Xadrez é um jogo de estratégia cuja analogia é a guerra, mas o pacifismo vence no final, uma vez que se opõe ao derradeiro xeque-mate. É certo que muitos peões ficam pelo caminho, mas vá.
Como se não bastasse, ainda vem ao de cima a posição anti-clerical, uma vez que o puto pensava que bispos eram os que tocavam corneta à entrada dos palácios. Não fazia a mínima ideia o que eram os sujeitos nem que tinham poder junto dos reis, demonstrando o pouco reconhecimento que se dá às batinas.
Pelo menos, terminámos o dia a jogar à bola.
Etiquetas: putos, vicentices
7 Comments:
Há um jogo de xadrez maravilhoso naquele jardim em mafra, ao lado do Convento (aquele onde vimos a adriana)...
é um jogo gigante em que o jogador tem de carregar as peças e andar com elas para traz e para a frente.
Lembrei-me porque me parece a combinação perfeita do ginastica a mente e o corpo!
Temos de ir lá um dia com os putos. Espero que o jogo ainda exista.
Lembrei-me por causa do post.
Com isto tudo esqueci-me de dizer que fiquei deveras impressionada com o facto do D. tão piqueno já jogar este jogo... uau.
se não queres que te chamem intelectual, vai directa ao que interessa: quem é que ganhou afinal?
É claro que sou intelectual, só não gosto do rótulo e do que vem associado.
Quando ele só tinha o Rei e um peão decidimos terminar o jogo, pq se não nunca mais saíamos dali... um dia destes ainda me ganha, não tenho dúvidas. Já me ganha ao peixinho montes de vezes.
Além disso estou mais habituada a um jogo de ataque por parte do adversário e a defender-me (porque aprendi com o mano velho que já sabia mais que eu), o que me leva a ter uma má estratégia de ataque. Se não fosse isso tinha arrumado com o puto num instantinho. Fazia do Xadrez uma espécie de jogo do galo! E saia mais cedo de casa.
xiii... terminaram sem haver vendedor(a) e vencido(a)? ouvi dizer que isso não é lá muito pedagógico... eheh
desde o momento em que a minha sobrinha inês me ganhou no jogo da memória, que o meu sobrinho zé me ganhou em corridas e que a minha sobrinha joana me ganhou na esparregata (por minha total ausência de flexibilidade) que agora só jogo com os mais velhos à porrada, imobilizações e afins, em que ainda ganho, ou com os mais novinhos ao stop (os que ainda não sabem escrever).
ahahhahaha muito bom.
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