Castração
O meu veículo automóvel, a minha forma de expressão mais animal, a minha raquete de steffi graff, o meu reduto, o meu calhambeque imundo, o meu querido "quoficiente de inteligência" (IQ), o meu rádio portátil, numa palavra o meu carro, quebrou-se-me. Não para sempre, já lá está na oficina sendo tratado. Mas quebrou-se-me na sua qualidade mais genuína: a potência.
Pois que eu sou uma acelera e, nos últimos dias, vi-me forçada, ao que parece devido a uns problemas de embraiagem, a andar devagar, devagarinho. O meu querido carrinho veloz, para ser conduzido sem riscos de quinar de vez, tinha de ser usado com pézinhos de lã, senão engasgava-se todo como se tivesse acabado de beber um shot azedo. Era ver-me a respeitar os limites de velocidade, não porque quisesse mas porque não dava mais, era ver-me a tentar nos primeiros momentos ultrapassar, resignando-me pouco depois a ficar atrás dos TIRes, dos carros de 1980 com matrícula a preto e branco e sabe-se lá que outros veículos duvidosos. Quem me visse assim, pensaria "mas quem é esta besta, condutora de fim-de-semana, vai para casa anormal!", palavras que costumo eu atirar para fora da janela. Quem me conheça e me visse assim conduzir pensaria com toda a certeza que tinha batido no fundo e que nunca mais voltaria a ser a mesma.
Se até tu, meu querido velocímetro, me exiges paciência, onde irá o meu mundo parar?
Valham-nos os mecânicos, esses anjos que, espero, me devolverão hoje o meu velho carrinho!
Etiquetas: vicentices
2 Comments:
Senti-me um iô-iô a ler este teu post...ora ria ora ficava séria...
esta coisa de seres acelera deixa-me sempre preocupada.mas pronto, venha o carro arranjado que isso é que é preciso.
xiii, frouxo! a minha ilda a mim nunca me deixa mal!ehehe, o meu carro é melhor que o teu!
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