Loop
Sempre que tropeço numa sensação o que tu queres sei eu, não consigo continuar o meu caminho. Parece sempre que o conhecimento não me basta para seguir em frente.
E fico para ali a saber que tu sabes que eu sei o que tu queres. Sem desbloquear nem fazer nada de um tal conhecimento.
É um tropeção, não é um atropelamento. Fico a constatar o óbvio à volta, em torno, em cima, em baixo, de lado. Ah, o que tu queres sei eu, é que é isso mesmo, o que tu queres, ah, isso, ah pois, o que tu queres, sim, sim, estou a ver, ahah, eu logo vi, não me enganas, então então, é isso, está visto, então não, pois pois, tu não estás a ver, eu bem sei, mas mas é tão óbvio, tu queres ver, olha que eu topo-te, tou-te a ver...
Dá origem a grandes momentos, que travam e aceleram numa medida improvável os meus passos. Às vezes dá-me para escorregar e desbloqueia-se o loop. Vou pelo caminho da ignorância, que é menos paralisante.
1 Comments:
pensava que era eu que tinha inventado a palavra loop. bolas. os meus são mais à volta da ignorância, e da minha imaginação masoquista.
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