terça-feira, dezembro 27, 2005

Optimismo como determinação

Eu nunca escreveria um livro pessimista. Acho todos os meus livros altamente optimistas, porque, no fim, há sempre qualquer coisa mais adiante. Mas como qualquer pessoa intrinsecamente optimista só confio no optimismo que consegue sobreviver ao pior que pode acontecer a alguém. Tudo o resto me parece ordinário, vulgar. Quem vive numa sociedade justa, com uma família próspera e um casamento feliz, tem todo o direito de ser optimista, só não deixa é grande legado à raça humana. Interessa-me muito mais a determinação humana que ultrapassa todas as tragédias.


Michael Cunningham, Entrevista Milfolhas, Público, 3 de Dezembro de 05

1 Comments:

At 27/12/05 4:21 da tarde, Blogger ana said...

uau! muito bom! tenho que ler mais dele, tá visto!

 

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