sexta-feira, março 28, 2008

O conservadorismo português

Três estranhas notícias que ilustram a boa vontade dos portugueses em não mudar nada.

Mulheres são raras na Gestão executiva - representam 5,7% do total dos administradores em Portugal. O poder continua a ser invisível para as mulheres, por muito que o realmente o detenham. É por isto que votaria na Hillary - precisamos de mais expressão.

Parlamento chumba divórcio - a proposta do BE de o divórcio poder ser efectuado a pedido de um dos cônjuges (acabando com o divórcio litigioso) foi chumbada. Num outro artigo, sobre o mesmo assunto, no jornal Destak, lê-se que o PS considera inconstitucional acabar com o divórcio por razões subjectivas. Talvez o pessoal do Direito entenda isto, mas para mim parece-me uma bizarria. Pedem-se razões objectivas para casar? Se calhar é inconstitucional casar por amor.

O presidente do Comité Olímpico Português opta pela neutralidade - deve ter sido o que pensava Salazar em relação aos nazis, embora estivesse mesmo do lado deles. O boicote é político, diz o senhor, e não desportivo. Pois é com certeza político e então? A abertura não é propriamente um evento desportivo, mas simplesmente simbólico. É exactamente essa carga simbólica que a China não merece e que é necessário boicotar. Mas os portugueses são muito respeitadores daquilo que cada um faz nas suas casas... Não gostam de se meter, nem saber, só de coscuvilhar. 

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