A tradição já não é o que era?
Domingo sem crianças é o antípoda do verdadeiro domingo. No entanto, e estranha e paradoxalmente, é também o mais verdadeiro dos domingos.
Começa-se a fazer o almoço às 2h30. Faz-se quantidades para 10 pessoas embora sejam afinal só três e duas delas preferem salsichas em vez do teu maravilhoso arroz de lulas. Bebe-se vinho em demasia ao almoço. Encostamo-nos no sofá apenas com uma coisa em mente. Fumam-se uns quantos cigarros desnecessários. Pensa-se o que se faz com o tempo. Apenas com uma coisa em mente.
Abre-se o "local" do Público e procura-se a sessão de cinema perfeita. Faz-se um ou dois telefonemas. Recebem-se outros tais. Decide-se o filme, ainda apenas com uma coisa em mente. Levantamo-nos. Bebemos café no bairro.
Vai-se ao cinema e espera-se companhia para o jantar.
Gosto desta noção de família. Vaga, esparsa, mas ao mesmo tempo tão real, tão inequívoca e com intersecções tão bem delineadas.
5 Comments:
Posso contar contigo para ficar com o puto um domingo destes? quero experimentar esses teus (que também já foram um pouco meus)domingos e prometo que também só vou ter uma coisa em mente.
;-)
ass: sandera
oh boa amiga, por quem és... venha de lá esse puto!
espero que tenhas congelado o arroz de lulas... eu cá prefiro mil vezes a salsichas (até porque nunca consegui dizer "salchichas" em condições).
a minha família somos o meu homem e eu. Ontem estive com uma família, 'vaga, esparsa, mas ao mesmo tempo tão real', e senti-me bem, quis que me acolhessem. Gosto de não ser de lado nenhum, mas tanto?!
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