quinta-feira, novembro 17, 2005

Anedota III

Dois amigos (ou amigas).

A - Pá, há anos que te conheço e é sempre a mesma merda! O amor contigo tem sempre de ser cego!

B - Não sei se estou a ver o que queres dizer.

ou

A - Pá, há anos que te conheço e é sempre a mesma merda! O amor contigo tem sempre de ser cego!

B - Quem és tu e onde está o meu amor?

12 Comments:

At 17/11/05 5:55 da tarde, Blogger ana said...

cego e amnésico, pois se o B se esquece de alguém que já o conhece há anos!

 
At 17/11/05 6:00 da tarde, Blogger ana vicente said...

Não havia necessidade de explicares a piada.
É tão cego, tão cego, que nem sequer sabe quem é o amigo que o conhece há anos. Só olha numa direcção: é cego e estúpido...

Ora bolas, ana, logo agora que estava tudo bem e já tinhas assumido que não havia mulher como a julia.

 
At 17/11/05 6:08 da tarde, Blogger ana said...

:S

 
At 17/11/05 6:17 da tarde, Blogger ana vicente said...

não precisas de fazer essa cara...

pelos vistos, tenho de aperfeiçoar-me antes de iniciar a minha carreira de stand-up. Se o meu público começa a fazer cara de messenger no final de cada piada, serei pior que o arnaldo antunes a cantar o "saiba" no concerto dos clã no olga cadaval.

ai, isso seria terrível, terrível...

 
At 17/11/05 6:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Nãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo....pior que esse momento nãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo...

sandera
(ainda tenho pesadelos)

 
At 17/11/05 6:31 da tarde, Blogger jctp said...

Como canta a Eugénia Melo e Castro

No homem ou na mulher
Amor é uma cegueira
Mas só não vê quem não quer
E vê sempre a quem o queira.
Amor é cego e vê, não sei porquê,
Amor é cego e vê, não sei porquê.
Deus lhe deu esta graça
Este poder fatal
De ver dentro de nós o que se passa
Como se o peito fosse de cristal.
Se o Amor nos olha, logo a gente
Preso na alma o sente
E escuta a sua voz.
Mas o que enfim se não entende:
Aquele a quem se prende
É quem nos prende a nós.

Cá para mim o B está mas é a gozar com o A.

 
At 17/11/05 6:36 da tarde, Blogger jctp said...

Melhor: o A é o amor do B e o B é o amor do A, mas ainda o não sabem bem, porque o amor é que os sabe a eles.

 
At 18/11/05 10:01 da manhã, Blogger ana said...

eu não fiz a cara por causa da tua piada, mas por ter sido tonta a comentá-la.
não corres o risco do teu público fazer isto, descansa! quanto muito o público fará isso se eu me levantar da cadeira pra explicar a piada, ehehe.


o que eu gosto na frase "amor é cego e vê" é que eu acho que vê mesmo. talvez a paixão seja apenas cega, não tope bem quem tem à frente. mas só amamos de facto alguém se de facto a olharmos com olhos de ver, bem esbugalhados.

 
At 18/11/05 10:31 da manhã, Blogger ana vicente said...

A ideia de uma amor cego é que é cego a tudo resto. Resto que, no entanto, é o mais importante para alimentar um amor.

Por isso, sim. O amor deve ver, jctp. Mas deve ver completamente. E, quando vê, acho que está encontrado.

Até consigo aceitar a diferença entre paixão e amor, ana, e até percebo o que queres dizer. Mas essa diferença parece-me sempre tão redundante e pouco profícua. Uma desculpa qualquer para a preguiça, às vezes.

Gosto, no entanto, da ideia de amor como olhos esbugalhados, nem que seja temporariamente.

No amor, acredito, sim, que podemos fechar os olhos, mas não é para não vermos, mas sim por vermos tão perfeita e seguramente.

 
At 18/11/05 11:51 da manhã, Blogger ana said...

"Uma desculpa qualquer para a preguiça, às vezes." explica

 
At 18/11/05 1:03 da tarde, Blogger ana vicente said...

Uma preguiça, em primeiro lugar, em pensar. Aqueles lugares comuns que se dizem ("ah, não era amor, era paixão") são vazios de conteúdo. Como se a paixão não fosse uma forma de amor, ou a amizade por exemplo outra forma.

O que acontece, muitas vezes (ou todas), é que, depois de passada a paixão (que é apenas uma forma de expressão, um sintoma se quiserem), é necessário procurar uma outra expressão para o amor. E esse envolve esforço (e eventualmente surge a preguiça).

Assim, é mais a diferenciação que me agasta. Como se houvesse UM amor e depois variações fracas, ou pior falsas, desse amor. Como se, de facto, o amor não fosse algo que necessita ser construído a cada nova hora e em todas as suas diferentes formas.

Acho que era isso que queria dizer.

 
At 18/11/05 1:21 da tarde, Blogger ana said...

se era isso concordo

 

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