quarta-feira, maio 30, 2007

Para feticheiros

É M.O.F.O. mas não cheira nem um bocadinho a bolor. Finalmente estão online e vale bem a pena dar uma espreitadela naquilo que têm para oferecer, neste fantástico site.

Parabéns à marge e ao carlos, pelos seus "meninos".

Etiquetas:

terça-feira, maio 29, 2007

Obrigatoriedade burocrática

Sou mázinha, mas mázinha, no que diz respeito a burocracias. Tendo a ter tudo trocado, falhar prazos, não cumprir obrigações por mero descuido... não gosto da coisa, chateiam-me os papéis, as repartições, os balcões, os requerimentos e afins. Tenho o curso engatado por causa de uma burocracia, acumulei dívidas por falhar prazos nas finanças, pago multas por ter 3 moradas diferentes, um pavor. Mas, lentamente, vou-me pondo em ordem, porque afinal isto é tudo uma questão de paciência.

Apesar de ser assim, não sou anarca. Pelo contrário, reconheço que as regras sociais são fundamentais para a vida em sociedade e, mesmo que a Lei seja estúpida, estou disposta a cumprir com as consequências de não a cumprir. Sim, porque não sou obediente à lei pela lei - tento lutar pela mudança quando a lei é mesmo mesmo estúpida (como a ex do aborto ou a inexistente dos casamentos homossexuais, entre outras) e, quando a quebro, a lei que me apanhe e depois conversamos. Numa palavra, sou pelo Estado, por isso acarreto as consequências dos meus incumprimentos. Ser a favor do Estado é isto, parece-me, é aceitar o seu peso e incentivá-lo a fazer umas quantas flexões.

Mas isto é demais!

E, quando digo isto, refiro-me à renovação do B.I.. Fi-la ontem, apenas um dia depois de o prazo passar, nada mal. Mas fiquei verdadeiramente ofendida com o Estado ontem. É óbvio que é necessário haver cartões de identificação e, por isso, ainda bem que são obrigatórios. Mas, se assim é, por que é que tenho de pagar 7,05€ pelos impressos? Não é pelo dinheiro, é pelo princípio. Por que raio me cobram dinheiro para ter um cartão obrigatório? É como se tivesse de pagar a entrada para minha casa. É como ter de se pagar para certidões de nascimento e de óbito, é demais, é estúpido e insulta-me. Um Estado que, com legitimidade, exige que os seus cidadãos tenham identificação, com que legitimidade lhes cobra essa mesma identificação? É uma espécie de "Consumo mínimo obrigatório" de um bar chamado sociedade em que tens sempre de estar, sendo que esse consumo já existe: chama-se impostos.

E depois que merda é aquela de me tirarem a minha impressão digital? E aqui já é a minha defesa das liberdades individuais, mais do que a minha defesa do Estado, a falar. Que raio de sistema é este que parte do princípio que todos são criminosos? Porque é apenas para isso que serve a porcaria da graxa no dedo: é para terem no arquivo a nossa marca mais pessoal, que aliás carregamos connosco no dito cartão, como se fosse sempre uma potencial prova de um hipotético crime. E isso também me irrita, porque não entendo nem controlo.

De qualquer modo, ainda não mencionei a pior coisa do B.I.: a fotografia. Por que é que a fotografia do BI fica sempre, mas sempre, mal? Por que é que as máquinas fazem o juramento "Não tiraremos nenhuma foto tipo passe em que a pessoa fique minimamente apresentável"? Sei que não sou só eu. Nunca vi ninguém mostrar sem receios o seu B.I.. Que raio de karma é este? Gostaria muito, se não achasse que é perigoso em termos criminais, de mostrar o meu antigo B.I. aqui. Para que todos pudessem ver do que me escapei. Vendo o meu antigo B.I. e olhando para a foto que tirei ontem (ainda assim longe da minha fotogenia habitual), sinto alguma satisfação por o Estado me ter exigido 7 euros e me ter esfregado graxa no dedo.

Etiquetas:

segunda-feira, maio 28, 2007

e o que seria este post se o sporting nao tivesse ganho a taça...*

Pois que o Sporting, o "meu" sportingue, estava na final da Taça de Portugal. Pensei cá para comigo: não é tarde nem é cedo, é mesmo este ano que vou ao Jamor ver uma final da taça, até dizem que aquilo é a verdadeira festa do futebol e o bilhete até é o meu paizinho que oferece, bora lá gritar, que eu gosto tanto de ir aos estádios gritar quando é golo, ele que não perca, porque se há coisa que eu detesto é ir para a bola e perder, que fico logo com uma neura descomunal, para quê que vou aos estádios se é para perder, não sabem que é uma perda de tempo e eu não me importo de sofrer, desde que no final seja para ganhar, não brinquem comigo, estão parvos ou quê? Mas desta vez o sportingue ganha que eu sei. Vou mas vou e vai ser bueda fixe.

Foi mais ou menos isto que pensei, assim mesmo sem grande pontuação, porque penso de corrida ou então em reticências e suspiros mentais no meio dos quais surgem as angústias. Mas este não era um pensamento angustiado, era até festivo e prazenteiro. Ia ao Jamor à Final da Taça, à dita festa do futebol, ver o clube do coração ganhar.

Hoje era o dia. Duas horas antes saímos. Estacionámos em Queijas e o resto a pé, uns 20 minutos a andar. Chegados ao estádio, era a loucura da feira. Febras, couratos, cerveja, cachecóis, bonés, burgessos, canalhada, até cães, tudo e mais alguma coisa. Havia gente que tinha vindo só para estar lá, com grandes arcas térmicas e televisões, só para passar o dia perto do estádio, fenómeno incompreensível. Pensei que fosse talvez por isso que lhe chamavam a festa do futebol, porque era a festa do povão, de tronco nu e cervejola, por mim tudo bem.

Grande stress para entrar. Segundo os relatos do meu pai e do meu irmão, a entrada no estádio não era fácil. Da última vez que tinham ido, tinham estado umas duas horas parados no meio da multidão, num monte de gente que se assemelhava a fila. Como constatei, o facto de termos um estádio nacional muito bonito (disso não há dúvidas) não quer dizer que tenha as mínimas condições para albergar um dos jogos mais importantes da época: uma única porta para entrarem 40 mil pessoas. Lá começou o apertão e pára arranca. Havia uma barreira de polícias de choque que travava a malta de vez em quando. Eu fui logo barrada por uma besta, que me empurrou como se não houvesse amanhã. O meu irmão gritou "larga a minha irmã" e puxou-me. Foi bonito, salvou-me e eu pensei xiça, tinha de vir ao futebol para levar pancada da polícia de intervenção. Tanta manifestação ideológica e é logo no raio da bola que isto me acontece!. Basicamente, as pessoas a entrarem ali foram tratadas que nem animais.

Lá dentro, nas bancadas, eram mesmo só animais. Uns mais bestas que outros, mas todos uns grandes animais. Para não chatear, resumo: os nossos lugares desapareceram, mas no intervalo fomos expulsos, ameaçaram-nos porrada e vimos o resto do jogo de pé nas escadas, tendo eu atrás de mim um tipo que chamava todos os nomes aos jogadores do clube do "seu" coração, como se o nosso plantel portentoso fosse constituído por uns anormais sem talento.

A juntar aos adeptos anormais, houve chuva e o sportingue não marcava e eu já só pensava que ainda hoje teria de ir trabalhar - a magia estava perdida. Finalmente, no último minuto, houve o golo e a satisfação compensou tudo. Para um não adepto, isto é difícil de perceber, mas na verdade é muito simples: grita-se e salta-se. Sente-se a energia das pessoas, que há dois segundos, eram umas grandes bestas. De repente os cânticos são poesia e só nos apetece rir. É o que acontece durante um período dilatado... uns verdadeiros cinco minutos.

De qualquer modo, tenho a certeza que não volto a entrar naquele estádio para assistir a uma final da taça. Porque a festa não é lá grande coisa...


*ou Aventuras e desventuras numa tarde no Jamor.

Etiquetas:

quarta-feira, maio 23, 2007

Cena do crime: sofá

Em casa doente, febril e a arrastar-me da cama para o sofá e do sofá para a cama, consegui ontem entreter-me com a tv. Hoje, ainda em casa, estou mais céptica em ligá-la. É porque, estranhamente, parece que ontem passei o dia todo a ver CSIs! Uns 4 CSI original (Las Vegas), uns 2 de Miami e até 1 Nova Iorque, aos retalhos ou completos, conforme a minha capacidade de me manter acordada ou de me entreter com outra coisa. E, de facto, não sei bem como aconteceu, mas foi de facto assim, graças ao AXN. Foi assistir à fórmula repetidamente, os saquinhos, as pinças, as cotonetes, as máquinas fotográficas, os pincéis, enfim tudo aquilo repetido até à exaustão, sem deixar mais nada a não ser o próprio momento em que se assiste.
De qualquer modo, agora já consigo ver as diferenças entre os três e, obviamente, o melhor é o original. O de Miami é de rir, graças ao chefe louro Horatio. Mas o original tem o chefe mais carismático, mais cientista e menos polícia, tem a loura muita gira, o black portentoso e uma morena claramente lésbica. É muito mais giro! É certo que o de NY também é giro, mas não é a mesma coisa.

Na minha estadia no sofá, descobri ainda outra coisa fantástica: o novo anúncio da Coca-cola Zero, que vos peço para verem aqui. Com um gosto a West side story, é um momento verdadeiramente genial de dança e, para mim, um daqueles anúncios que não me importaria de ver até à exaustão. Como não sou fã de coca-cola, estou em condições de apreciá-lo totalmente como fã de musicais.

Hoje, ainda no sofá, liguei a tv e vi que estava a dar outro episódio do CSI, que já tinha visto ontem. Consegui apagá-la a tempo e decidi-me por fazer a declaração do IRS. Menos interesse, é certo, menos acção, obviamente, mas definitivamente mais necessário. Vamos ver se me aguento até à noite, sem os agentes do crime.

Etiquetas:

quinta-feira, maio 17, 2007

Parabéns! És gay! (ou o dia em que todos gostavam de ser gays)

Hoje é Dia Mundial contra a Homofobia. Para todos os que todos os dias dão um passinho a mais para sair cá para fora, para todos os que anulam a orientação sexual como factor discriminatório, é um dia bom. Especialmente porque é o dia que dá nome aos outros dias todos.

Ontem, foi dia de mandar coisas cá para fora. Uma delas é a proibição de os gays darem sangue, embora o Instituto Português do sangue tenha negado tal coisa. A verdade é que um homem que diga que é gay quando for doar sangue não é aceite. Diz que depende dos hospitais, para uns é fraquinho, mas aceitável, para outros é mau, mesmo mau, sangue do demo, antes sangue de barata. De qualquer modo, Gabriel Olim, presidente do dito instituto, diz "O que interessa é a tranquilidade e a segurança de quem vai receber o sangue. E os portugueses têm preconceitos.". Ora aí está uma frase que alguém numa posição importante de uma organização do Estado deve dizer. Os portugueses têm preconceitos e nós pactuamos com esses preconceitos mesmo que o sangue do mariconço seja bom e possa salvar a vida do preconceituoso de merda! Se calhar, a dar sangue, devíamos perguntar: "olhe desculpe, este sangue é para servir com ou sem preconceito?". É que, imagine-se um homofóbico receber um sangue abichanado... pode entupir aquilo tudo. Sabe-se lá do que é que ele vai passar a gostar.

Outra questão importante, não levantada ontem, é a da violência doméstica. Neste momento, está em Audição Parlamentar Pública a "reformulação do Art. 152º do código penal que enquadra a violência doméstica como crime punível com pena de prisão. As alterações propostas passam pela avaliação da intensidade do acto violento e não pelo nº de episódios violentos, bem como este novo texto contempla relações de casal de carácter hetero e/ou homosexual para além da sua continuidade no tempo. Deste modo a nova proposta de reformulação deste art. refere que é considerado crime qualquer acto violento intenso que ocorra no âmbito de uma relação amorosa em casais heterossexuais ou homossexuais ainda que tenha ocorrido uma só vez.". O próprio reconhecimento no texto da lei que existe algo a que se chama a homossexualidade é já um ponto positivo. Neste caso, é um duplo ponto positivo, uma vez que a violência doméstica também é um dos "charmes" que os portugueses gostam de calar. Pois, ainda bem que não nos vamos calando, que se vão dando contextos para coisas sempre caladas, amordaçadas.

A luta contra a homofobia é também uma luta contra a invisibilidade. Todos os dias e não apenas hoje. Obrigada a todos aqueles que todos os dias vão dando os seus passos. Obrigada a todos aqueles que combatem o preconceito mais fundo dentro de si, mesmo quando parece a coisa mais difícil do mundo. Aqueles que permitem que o amor vá vencendo a sua homofobia lentamente.

Orgulho-me de mim, mas orgulho-me deles e muito.

Etiquetas: ,

quarta-feira, maio 16, 2007

recuerdo de coimbra II



Dois fãs muito giros, em coimbra a girar.
Fãs algo despistados, que foram de propósito a um cybercafé, perto da sé velha, para saberem a idade do Georginho. Isto depois de terem passado metade da viagem a mandar mensagens a amigos que pudessem esclarecer-nos. Os amigos, pelos vistos, estavam a apanhar sol, em vez de estarem ligados à net. Puf!!!!

By the way, vai fazer 44 no mês que vem.

Etiquetas: , ,

terça-feira, maio 15, 2007

recuerdo de coimbra

Etiquetas: ,

sexta-feira, maio 11, 2007

sexta-feira mix

Esta sexta-feira é digna de reflexão.

Senão vejamos (esta frase dá logo credibilidade): o 13 de Maio está a chegar; o Papa é um ganda freak; o George Michael actua pela primeira vez em Portugal; o Sporting vai jogar no mesmo estádio que o concerto no dia a seguir; o Pedro Abrunhosa continua a aparecer na tv; e há feira mix. Aparentemente nada disto está relacionado entre si, mas isso é porque vocês não estão a ver.

O 13 de Maio é sempre uma data simbólica em Portugal, quiçá no mundo. O colete fluorescente é dinamizado e ganha visibilidade graças aos peregrinos. A televisão pública esquece-se que é laica e começa a passar tudo o que é série, filme e documentário sobre três pastorinhos que, num local em que ovnis estão sempre a passar, tiveram uma visão da Nossa Senhora, que era bem amiga do Salazar, pelo menos naquela zona. E eu questiono-me sempre, porque conheço pessoas que, por aquelas bandas, viram fenómenos não identificados nos céus: Cadê a canonização dessa gente? Será a alegada nossa senhora um alien?

Adiante (mais uma expressão de credibilidade).

O Papa está no Brasil e disse, entre outros disparates, que os jovens deviam aderir ao amor casto. Amor casto???? O homem está no Brasil! Quererá ele provocar uma guerra mundial? Àquela temperatura, com tanta bunda e peitoral bronzeado, ele promove o amor casto? O que iriam fazer as criaturas com tanta tensão (ou tesão, neste caso)? Para onde dirigiriam a sua energia? Para o mal no mundo, com certeza. O papa está parvo (mas pronto defendeu a protecção da Amazónia, é ecofixe!).

E agora o que interessa.

Pela primeira vez, Wake me up before you go-go, Faith, Freedom e tudo o resto ao vivo! O Senhor seja louvado. O senhor george, está claro, porque o Senhor do Papa seja louvado pela protecção da selva amazónica.

O meu paizinho acusou-me de traição ao nosso clube do coração, o Sporting, por ser uma das pessoas que vai estragar o relvado para o jogo do dia seguinte entre os Leões e a Académica. Se soubesse de antemão, tinha pedido para a bancada, mas assim o senhor que me perdoe, mas o george michael vence sempre. O senhor Paulo Bento, é claro, porque o outro deverá perdoar-me outras coisas mais relevantes para a salvação da alma.

A propósito de traição, outra questão que me tem assaltado o espírito é imaginar como seria se, ao menos, o Abrunhosa não tivesse acabado os estudos. Portugal não teria um cantor com óculos escuros, é certo, mas por outro lado teríamos muito mais paz de espírito e muito menos baladas foleiras.

Para terminar esta sexta-feira do diabo e este post, que comecei a escrever de manhã e só agora termino, aqui fica uma sugestão interessante para o fim-de-semana. Margapinta, Bolila e Mofo são os maiores!





Obviamente nada disto tem relação entre si. É só um mix de sexta-feira.

Etiquetas: , ,

segunda-feira, maio 07, 2007

A medida ou "um banho de 20 km"*

Não há medida para o amor. É regido por uma tabela inqualificável. A escala é feita das variações da pele, do olhar, mas permanece sob a mesma bitola, uma coisa qualquer no coração ou assim parece quando bombeia, intenso, desmesurado, ou mesmo calmo mas definitivamente resgatado.

Metade da minha vida andei à procura dessa medida, de uma prova que vinculasse todas as minhas intuições sobre o assunto. A outra metade passei a tentar reconhecer nomes no mundo porque os que me tinham dado não me bastavam. Outra metade, porque as vidas têm mais que duas metades, muitas mais, inventei novos nomes, abri caminhos, tentei cimentar casas com telhados de vidro mas sempre tão bem sustentadas. E na metade que vou vivendo, ainda me vou surpreendendo.

Hoje apeteceu-me escrever assim, para homenagear essa surpresa.
A surpresa do amor intenso, tão simples e, mesmo com tantas metades de vida, nem sempre fácil de nomear.
A surpresa de uma criança ser capaz de abraçá-lo mesmo assim, como se o criasse pela primeira vez.
A surpresa de sermos capazes de nos orgulhar.



* porque nem todas as medidas são as correspondentes ao atributo pré-designado.

Etiquetas: ,

sexta-feira, maio 04, 2007

Alguém me explique

Por que é que o Homem-Aranha 3 é a história da transformação do spider em Robert Smith?





Eu sei que tinha as expectativas bem altas, porque adoro o Homem-Aranha e adorei o 2. Mas mesmo assim, podia ser muito melhor, menos disperso... E até tenho de dizer mal do Tobey Maguire, que parece mesmo um choninhas chato, excepto quando é um elemento dos Cure. Valha-nos a Kirsten Dunst que, como sempre, está um espectáculo.

Etiquetas:

quinta-feira, maio 03, 2007

Quem não deve não teme

Parece uma proposição simples.

Acrescente-se à equação a arbitrariedade dos acontecimentos, o puro acaso, o erro, o destino, a vontade alheia, o poder obtuso, a força da natureza, a injustiça, a estupidez humana, o alinhamento cósmico dos astros, a maldade, a predisposição genética, a distracção e outras coisas que não controlamos e vejamos se continua a ser uma proposição simples.

E, no entanto, mesmo não sendo simples, às vezes é a única coisa que importa: não temer.

Etiquetas: ,