À beira de um ataque de nervos - post desabafo
Hoje ia chegar mais cedo. Tinha de passar por casa de uns amigos em férias para dar comida aos três gatos deixados na Graça. A ironia é brilhante. Hoje ouvi o despertador e, em vez de ficar 30 minutos na ronha, fiquei só 3. Levantei-me, peguei na roupa que estava no chão e, eis que, ele salta. Ele era o insignificante e repugnante ser que decidiu vir realizar um dos meus piores pesadelos, uma das minhas maiores paranóias. Ele, o rato. O rato mínimo que parece fofinho, mas que é um rato e está no meu quarto.
Depois de dar uns pequenos berros, corri para ir buscar a vassoura e vi um gato no meu pátio. Só me apeteceu ir buscá-lo para matar aquela coisa. Mas o gato fugiu. Voltei ao quarto e nada de rato. Toca de arrastar a cama, limpar tudo mais ou menos em pânico. Mais ou menos, nada. Completamente em pânico! É um rato! Eu tenho paranóia de ratos. Acho sempre que eles estão lá. E desta vez estava. Mas desapareceu. Terá ido para a sua toca, a sua casinha quentinha?
Tentei acalmar-me e meti-me no banho. Só acalmei quando elaborei um plano. Agora a coisa estava lá, tornou-se real. Logo só tenho de lidar com isso. Delineei a estratégia, respirei fundo, tratei de mim e, antes de sair de casa, ameacei o rato em voz alta, para que não restassem dúvidas.
Vou-te apanhar, rato! Vou-te dar uma sova!
Os três gatos tinham comida ainda. Duvido que apreciassem o rato.
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