quinta-feira, setembro 28, 2006

O raio da puberdade tardia

Quando a criança de cinco anos te começa a dar festinhas no cabelo, ou aquilo que tu julgas que são festinhas, e tu dizes ai que bom, festinhas e ele te responde estou a tapar as borbulhas que tens na testa, sabes que chegou o momento de marcares uma nova consulta de Dermatologia.

Ou isso ou aceitar o conselho dele e começar a pôr a franja para a frente.

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quinta-feira, setembro 21, 2006

Desenganem-se

Este blog até pode estar a morrer lentamente, mas uma coisa é certa: depois de ver a roupa da nova estação, vou continuar a investir em bombazine.

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Mudança de estação

A essência das quatro estações está na transição entre elas. O conceito meia estação é rico por isso. Não está calor, mas também não está assim tanto frio. Chove, mas sabemos que não será por muito tempo.

Hoje acordei com o som da chuva a bater na janela. Sorri, virei-me para o outro lado, meio incrédula, e voltei a adormecer. Mas o sorriso estava lá. Quando me levantei, o pátio parecia uma piscina. A roupa estendida estava encharcada, ficando ainda mais quando, ao tentar trazê-la para dentro, deixei cair o estendal (plof!) no meio da piscina. Desentope a piscina, quer dizer o pátio, e ala para o roupeiro olhar para a roupa de Inverno. Ai, a camisinha, que contentamento. Muita roupa desaparecida. Um dos mistérios das mudanças de estação é a roupa perdida...

Não há nada como o primeiro dia de chuva. O primeiro dia em que se percebe que definitivamente o verão acabou e podes esquecer o chinelo. É como o primeiro dia de praia. Não podes deixá-lo passar nem ficar a dormir.

O chapéu de chuva ficou no carro, obviamente. E 50 metros até ao veículo são suficientes para me encharcar dos pés à cabeça. Entro o mais rápido possível no carro, sacudo-me e continuo toda contente. Escapo ao trânsito, porque o meu caminho não tem filas nem é afectado pela greve do metro. Chego muito antes do que é normal, há imensos lugares. O sol não me tem feito levantar.

Esta chuva é purificadora, anuncia o começo de novos tempos. Esta chuva, a continuar, será objecto de saturação e, em duas horas, já não vou aguentá-la mais. Mas agora esta chuva é do melhor que há...

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quarta-feira, setembro 13, 2006

Vuelve siempre




e traz contigo quem quiseres...

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sexta-feira, setembro 08, 2006

Utopia de sábado à noite




à falta de melhor canção no radioblogclub, deixo-vos com esta, que também é bonita e que está num dos últimos cd's da Marisa Monte, neste caso o Infinito Particular. E ainda por cima fala de sonhos...

Para antecipar o concerto que vou ver amanhã.

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Frases mirabolantes

agora estou para aqui sozinho, eu que já fui o melhor minete de Lisboa

sacado daqui e, ao que parece, de autoria de um apresentador de fados da Tasca do Chico, que ou se tem em grande conta ou pôs mesmo a boca no mundo.

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domingo, setembro 03, 2006

Orgulho nacional

Ontem, no telejornal do primeiro canal público, um senhor, aparentemente com responsabilidades no primeiro banco público de esperma (ou deveria dizer-se banco de esperma público? Adiante), responde às perguntas da senhora jornalista. Ela pergunta-lhe algo como "o banco irá ajudar a resolver as questões relacionadas com a infertilidade em Portugal".

Ele, muito contente, responde: "Sim e não só. Agora os casais portugueses (sublinhe-se os casais) poderão recorrer a este acompanhamento em Portugal, poupando assim a despesa de terem de deslocar-se a Espanha (bom para a economia ainda por cima!) e, mais do que isso, os casais poderão ter a satisfação de ter filhos com genes portugueses."

Não, não ouvi mal. Genes portugueses, segundo o senhor, é uma das grandes mais valias do banco. Genes portugueses, genes que no fundo falam português, que têm a qualidade de serem nacionais. Mas mas... haverá comentário mais estúpido, mais xenófobo, mais politicamente cretino, mais inadequado? Haverá? Se houver, por favor digam-me. De Espanha, nem bons genes parece.

Quem dera que o senhor tivesse razão e os genes espanhóis viessem já com a movida e com a mentalidade progressista que por lá parece haver em muito maior quantidade.

É tão estranho como a tentar chegar mais longe, acaba-se por dar uma série de passos atrás. Bancos e leis para casais inférteis, deixando de fora uma grande parte de potenciais interessados e interessadas, e ainda por cima com o mote "Leve genes cá de casa. 100% criação nacional".

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Cenas da vida selvagem

Duas libelinhas fazem o que parece ser uma dança de acasalamento em plena Morais Soares. Observo de longe, como gosto de fazer com os animais, e admiro o acto do amor. De repente, passa o autocarro. A rua ainda lá está... as libelinhas sumiram-se da vida na mó de cima, parece-me.

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sexta-feira, setembro 01, 2006

Reflexo

É assustador e, ao mesmo, libertador perceber que o pior de mim é também o meu melhor. Sem contradição, torna-se uma descoberta quase feliz ou, pelo menos, cómica.

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