sexta-feira, julho 28, 2006

Parecia tão simples!

Decidir ir de fim-de-semana com uma criança parece uma decisão espontânea e com consequências simples.

Antes sequer de partirmos, vendo-me a alinhar a bagagem e a carregá-la para o carro, antecipando todas as possíveis e efectivas faltas (será que pus a coisa mais indispensável? tenho de ir comprar não sei o quê, já me esqueci, ai meu deus!), percebo que a ideia de fim-de-semana é uma utopia! Sair de casa por duas noites com uma criança equivale a ter a mesma capacidade de planeamento para dirigir uma empresa durante um mês... (mesmo não fazendo ideia do que isso seja).

O que interessa reter é que não há saídas simples, rápidas, ligeiras, com uma criança. É uma espécie de mudança de casa, principalmente quando decides dizer ao puto para escolher os brinquedos que quer levar. O limite foi quando disse que queria levar a flauta para nos tocar uma ópera (????)... mostrei-me muito entusiasmada, disse "ai que boa ideia" e estranhamente a flauta desapareceu.

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quinta-feira, julho 27, 2006

O que eu dava para escrever ditados populares

Entre o dizer e o fazer, entre o querer e o poder, alguém se vai foder.

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domingo, julho 23, 2006

Se não vai lá pelo exemplo, vai lá à estalada*

Anda uma pessoa a tentar educar uma criança nos valores da igualdade, da emancipação dos géneros, da não-discriminação, blábláblá, para, no meio do nada, ouvir "as mulheres não podem conduzir".

É que se fica a pensar "até tu, brutus? Tu livra-te de seres misógino, machista, sexista, e outro ista que não me convenha!!!". É que eu parto tudo!


* A estalada aqui aplica-se a todos os que à volta insistem em passar o estereótipo e não à criancinha tão linda, que só dá vontade de apertar o gasganete de amor. Estaladas não.

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Sobre música*

A música nos retira dos nossos pequenos mundos e nos faz viajar por mundos maravilhosos. Isso desperta em nós as potências eróticas dos nossos ouvidos. Os ouvidos passam a fazer amor com a música em inumeráveis posições…

Rubem Alves, “Pais e Filhos”, Junho 2006



* Ou porque nunca deveria ter posto música no meu blog...

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quinta-feira, julho 20, 2006

Alguma coisa acontece no meu... corpo

quando ouço esta música. E é de tal modo significativo que até estou a tentar pô-la no blog!

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terça-feira, julho 18, 2006

O segredo






A todas as mulheres que têm segredos, que amam os seus segredos, que os temem, que os tentam superar, que os contam inesperadamente. A todas as mulheres que transportam segredos invisíveis e que se confundem com eles. A todas as mulheres que os calam, a todas que os gritam.


A ver, Happy Endings.

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segunda-feira, julho 17, 2006

Ai que bom, ai que bom, ai que bom!

Depois de um momento de aceleração histérica por saber que os bilhetes estavam à venda hoje, acabei por consumar a coisa rapidamente.

Já tenho bilhete para a Marisa Monte. 2ªfila central para ter a certeza que lhe vejo os pés...

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E eu a pensar que não havia pior casal romântico que o Tom Hanks e a Audrey Tautou

Mas, em Hollywood, esmeram-se. E vão estrear um filme româââântico com o Keanu Reeves e a Sandra Bullock. Acho que não é possível haver maior turn off.

Coisa mais sem sal, meu Deus!

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quinta-feira, julho 13, 2006

Sob escuta

(...)
- Mas queres que mude?
- Não... quero só que deixes de ser tão, tão patologicamente... tu.
(...)


Pergunta em tom de moral: Haverá amor para além da patologia? E como seria?

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terça-feira, julho 11, 2006

Post Convite

Amanhã, dia 12 de Julho, pelas 22h30, no Bar SV, em frente ao Governo Civil de Lisboa, vai acontecer "Concerto para Príapo e dois violinos", pelos Quase Trezzzz Gustavo Vicente, Miguel Manso, Catarina Vasconcelos e Ana Luísa Vieira. Depois de terem acontecido com estrondoso sucesso, no último sábado em Almeirim, deslocam-se agora à capital para conquistarem o público, com a sua líbido precoce, música e literatura.

Um show de quatro pessoas para ir acontecendo. Divirtam-se!

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segunda-feira, julho 10, 2006

Anedota VI

Era tão banana, tão banana, tão banana que, quando comia uma, chamavam-lhe canibal.

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quinta-feira, julho 06, 2006

Reminiscências

Dizem que, quando era pequena, caía sem me proteger. Que, na queda, ia direita, qual uma tábua, sem mexer as mãos para amparar a queda.

Na idade adulta, desenvolvi a técnica do sempre em pé. Basicamente já não caio, mas continuo sem pôr as mãos à frente para me proteger.

Chegou a altura de me esfolar, no melhor dos sentidos. Com optimismo.

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Depois do jogo de ontem

Tenho a dizer umas coisas:
- O Figo depilou o peito;
- Posso parar de beber cerveja;
- O Scolari* é o maior;
- Depois de levantamento em todos os jogos, é consensual (ou quase) que o jogador mais feio da selecção é o Maniche, havendo algum disputa entre Fernando Meira e Petit para o segundo mais feio;
- O Simão usa uma t-shirt um número abaixo para parecer mais super-herói e já gosto um bocadinho dele;
- O futebol é tema divertido de conversa, por muito inusitado que seja o contexto;
- Estou com muito menos mau perder - deve ser de achar que nos batemos à séria, que fizémos o melhor;
- Quando é o próximo?



* Pode substituir-se por Ricardo, Maniche, Figo e Miguel.

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terça-feira, julho 04, 2006

O que acontece na véspera...

... é bem capaz de definir mais este país do que aquilo que acontecer amanhã. Ou talvez não. Talvez o que acontece na véspera e o que acontece no dia definam de igual modo o país.

Seremos vencedores, lutadores, orgulhosos, amanhã, aconteça o que acontecer. Supostamente até brilhantes.

Hoje resta-nos sentir vergonha por aquilo que aconteceu. Hoje, aconteça o que acontecer depois, somos tristes, derrotados, atrasados. Supostamente dentro da lei.

"O médico foi condenado em cúmulo jurídico a quatro anos e oito meses de prisão, com perdão de um ano; uma colaboradora do clínico foi condenada, por cumplicidade, a um ano e quatro meses de prisão, com pena suspensa por três anos; e três mulheres foram condenadas pelo crime de aborto a seis meses de prisão, com pena suspensa por dois anos."


Depois de amanhã, logo se vê o que seremos.

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Desporto

Sempre fui uma desportista de espírito.
Andei a disfarçar durante quase 30 anos, mas agora o grito da forma física saiu e já não tenho de me esconder. Estou em condições plenas de assumir, a quem quiser ouvir, que sou desportista. A intelectual que há em mim anda meio rezingona e a tentar equacionar a hipótese de sobreviver à energia das corridas, às pulsações aceleradas e ao suor puro do esforço físico sem prazer orgásmico. Anda a tentar enfiar, no meio das partidas de ténis e dos circuitos de manutenção, a frase mente sã em corpo são para se lembrar que ainda está viva.

No entanto, quer a desportista quer a intelectual, perdem para a vaidosa. No final da corrida ou da partida, o melhor que me podem dizer é tens estilo a jogar/correr.

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segunda-feira, julho 03, 2006

Em casa

Tocam-me à porta. Eu abro, porque me pareceu ouvir "correeeeio". Afinal era um velho. Ouço, aos 29 anos, algo que nunca pensei ouvir hoje:

- Bom dia, menina. Podia chamar a mãe ou a avó?

Saiu-me uma gargalhada e disse algo que nunca me pensei ouvir dizer aos 29 anos:

- Eu é que sou a dona da casa.


Ele pediu desculpa e ainda me tentou vender umas rendas. Eu fechei-lhe a porta na cara e ainda o ouvi desdenhar.

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